REVOLTAS NA REPÚBLICA VELHA

terça-feira, 4 de maio de 2010
O CANGAÇO

     A história do Cangaço inicia-se a partir de 1870 e vai até 1940. As causas que se relacionam ao Cangaço são os períodos de seca e a miséria que atingia nestes momentos até os jagunços dos coronéis (assalariados do crime), que para fugirem do autoritarismo do coronel e da miséria da seca se revoltavam e  se uniam, formando os temíveis bandos de cangaceiros que, para os seus membros, não passava de uma forma de vida, inclusive mais honrosa do que a da elite dominante. Estes cangaceiros tinham as fazendas dos coronéis como alvo principal para os seus saques.
     Por atacarem a base política da República Velha, estes cangaceiros tiveram que enfrentar as "volantes" formadas por policiais da Guarda Nacional e pelo exército.
     O maior e mais temível bando de cangaceiros foi o de Lampião que, contando com sua mulher Maria Bonita (no cangaço as mulheres participavam em pé de igualdade com os homens) e seus "cabras", impôs o medo à oligarquia nordestina e a quem a servia.

                                       (NÃO FALEI QUE ELE ERA UMA GRACINHA??)
   
O povo, por sua vez, temia os cangaceiros, mas apoiava suas ações de cabras machos. O fim do Cangaço inicia-se com a morte de Lampião, em 1938, e termina definitivamente com a morte do último cangaceiro, Corisco, seu companheiro e líder de bando.


GUERRA DE CANUDOS

     Em Canudos, tudo era de todos, a divisão do trabalho era de acordo com o sexo e a idade, o fruto da produção era dividido de acordo com a necessidade de cada família. O vício, o roubo e a prostituição foram banidos desta sociedade e o sentimento religioso tido como a maior posse que se havia de ter.     Este estado “socialista” bem dentro da área de domínio da oligarquia mais atrasada do país, o Nordeste, exigiu uma raivosa ofensiva das tropas do governo de Prudente de Moraes para destruir aquela comunidade.   
    
     O governo, com o auxílio da imprensa, vendia a idéia de que os seguidores de Antônio Conselheiro eram fanáticos religiosos extremamente perigosos que poderiam representar uma ameaça para a sociedade brasileira no futuro.
      As tropas federais só conseguiram derrotar a brava resistência do povo após a terceira expedição e seu derradeiro fim foi muito bem descrito por Euclides da Cunha em sua obra Os Sertões, página 476:

"Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a
história, resistiu até o esgotamento completo... caiu
no dia 5 de outubro de 1897, ao anoitecer, quando caíram
seus últimos defensores... eram quatro apenas:
um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente
dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
Todos morreram, homens, mulheres, velhos e crianças,
aproximadamente entre 25 e 30 mil vidas destruídas
em nome da manutenção da exploração
econômica e social da massa trabalhadora brasileira
pela elite proprietária”.



GUERRA DO CONTESTADO

     Durante o governo de Wenceslau Brás, salvo pelo início do surto industrial da Primeira Guerra, ocorreu a mais importante rebelião camponesa do Sul do país, a Revolta do Contestado, na região entre os estados do Paraná e Santa Catarina, com terras férteis e muita erva mate e madeiras de lei. Os romeiros, vindos de diversas localidades, seguiam o monge João Maria e seu sucessor José Maria, que pregava o fim da República e a implantação da monarquia de origem divina. Os posseiros haviam sido expulsos da terra por fazendeiros e empresas colonizadoras multinacionais ou eram desempregados da construção de ferrovias na região.
    
     Lutavam conscientemente pela posse das terras ("nóis não tem direito de terra, é tudo para a gente da Oropa"), tendo que enfrentar o exército do governo brasileiro, a Guarda Nacional, os jagunços e, pela primeira vez no Brasil, atacados pela aviação de guerra, que estava a serviço dos interesses dos coronéis e das empresas colonizadoras (madeireiras) multinacionais.
     A destruição das "Vilas Santas" e a morte de milhares de camponeses foi justificada, perante a sociedade brasileira, como uma luta contra fanáticos, degenerados e violentos rebeldes.



REVOLTA DA CHIBATA

     Na noite de 22 de novembro de 1910, estoura a Revolta da Chibata, quando o marinheiro João Cândido, o almirante negro, assumiu o comando do porta-aviões Minas Gerais e outros marujos assumiram o controle de outras belonaves, o São Paulo, o Bahia e o Deodoro, apontando seus canhões para pontos estratégicos da cidade do Rio de Janeiro.
     Os marinheiros só queriam o fim dos castigos corporais na Armada e, com o apoio da oposição e parte considerável da população carioca, o presidente Hermes da Fonseca e o Parlamento cederam às exigências.

          Porém, como em nossa história jamais uma revolta popular havia triunfado, o governo não perdoou a ousadia daqueles marujos "sem cultura" e "sem responsabilidades". Ignorou-se a anistia, prendendo e desterrando para a Amazônia seus principais líderes. Os poucos marinheiros que não morreram foram absolvidos em julgamento dois anos depois.



REVOLTA DA VACINA

     A situação do Rio de Janeiro, no início do século XX, era precária. A população sofria com a falta de um sistema eficiente de saneamento básico. Este fato desencadeava constantes epidemias, entre elas, febre amarela, peste bubônica e varíola. A população de baixa renda, que morava em habitações precárias, era a principal vítima deste contexto.
     Preocupado com esta situação, o então presidente Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento básico e reurbanização do centro da cidade. O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi designado pelo presidente para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade.
     A campanha de vacinação obrigatória é colocada em prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, provocando revolta nas pessoas. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos.
     A revolta popular aumentava a cada dia, impulsionada também pela crise econômica (desemprego, inflação e alto custo de vida) e a reforma urbana que retirou a população pobre do centro da cidade, derrubando vários cortiços e outros tipos de habitações mais simples.

    
     As manifestações populares e conflitos espalham-se pelas ruas da capital brasileira. Populares destroem bondes, apedrejam prédios públicos e espalham a desordem pela cidade. Em 16 de novembro de 1904, o presidente Rodrigues Alves revoga a lei da vacinação obrigatória, colocando nas ruas o exército, a marinha e a polícia para acabar com os tumultos. Em poucos dias a cidade voltava a calma e a ordem.

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8 comentários:

Anônimo at: 02 junho, 2011 11:37 disse...

Muito bom, me ajudou bastante !

Anônimo at: 23 março, 2012 08:22 disse...

nos ajudou bastante

Anônimo at: 28 julho, 2012 17:10 disse...

agradeço a todos que fundaram esse site estão de parabéns me ajudou muito. valeo

Anônimo at: 04 agosto, 2012 01:28 disse...

otimo post. exatamente o que procurava

{ kellyda } at: 26 fevereiro, 2013 16:03 disse...

Nossa!! Ótimo exatamente oque eu procurava...

Anônimo at: 09 maio, 2013 14:30 disse...

muuuuuito bom esse site me ajudou demais graças a ele tirei dez no trabalho de historia muito bom

{ Rita de Cassía } at: 03 novembro, 2013 18:04 disse...



Amo seu blog é muito lindo e me ajuda sempre, Obrigado




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Anônimo at: 03 abril, 2014 16:25 disse...

Nossaaaaaaaaaaa valeu mesmo por esse post ....
me ajudou muito , pois ja estavam desesperada para fazer o trabalho de historia

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