NOS PRIMEIROS TEMPOS DA REPÚBLICA

sábado, 13 de junho de 2009
Na República Velha, cada presidente era eleito pelo voto direto, universal masculino (excluídos analfabetos, militares e religiosos) e aberto (todos sabem em quem você votou). 70% da população vivia no campo, portanto, bastava o grande proprietário, conhecido como coronel, controlar o voto dos seus peões e o candidato escolhido era eleito e este favoreceria o interesse dos coronéis. Portanto, o Brasil passa por uma fase em que o voto não era legítimo, era um voto mandado, o voto de cabresto. Como há uma diferença muito grande: 70% das pessoas moram no campo e 30% nas cidades, o candidato escolhido pela cidade nunca ganha. Então, esses presidentes da República Velha foram eleitos com voto fraudado (voto do bico de pena). Daí, o brasileiro não tem uma participação mais séria na política do país.

A COMISSÃO VERIFICADORA DE PODERES

No governo de Campos Sales, (início da República do Café) criou-se um mecanismo para garantir a permanência dos cafeicultores no poder. O presidente propõe a chamada Política dos Governadores: é uma troca de favores entre a presidência da república e os governos dos estados brasileiros. Essa política dos governadores continuará existindo até 1930. Campos Sales vai oferecer dinheiro (vindo dos impostos e empréstimos que se concentram na presidência) e atrai a atenção dos governadores que tem seus governos falidos. Com esse dinheiro ele vai conseguir "fazer política" => é uma troca de favores. Ele exige dos governadores apoio no Congresso porque se o presidente quisesse aprovar alguma coisa, os deputados teriam de concordar com ele. Em troca, promete aos governadores que apoiará os deputados estaduais, os deputados federais e os senadores indicados pelos governadores. Com isso, a Assembléia Legislativa do estado do governador só vai ter deputados que votam a favor do governador que pode propor qualquer espécie de política que ela seria aceita. Acontece, então, a unanimidade no governo federal e no estadual.

A GUERRA DE CANUDOS

A Guerra de Canudos foi a maior guerra civil do Brasil. O líder era Antônio Mendes Maciel (Antônio Conselheiro). Era um pequeno proprietário que perdeu a propriedade, foi para a cidade, mas por causa da crise econômica o negócio faliu e para piorar mais, a mulher se separou dele porque a República permitia. De certa forma ele culpa a República por causa de seu fracasso e começa a dizer que ela é coisa do demônio e passa a falar do fim do mundo. Canudos constituiu-se como um movimento milenarista, messiânico porque seus seguidores acreditam na vinda de um messias que resolveria toda injustiça. Esse homem vai dizer: "no fim do mundo, o mar vai virar sertão e o sertão vai virar mar" => quem tem coisas, vai ficar sem elas, quem não tem nada, nessa próxima fase vai ter. Então, ele defendia uma "monarquia celestial (sobrenatural)". Ele dizia que haveria muitos rebanhos (pessoas que seriam salvas), mas um único pastor - ele mesmo. No Nordeste, ele vai conseguir convencer as pessoas que largam tudo o que tem e o seguem.
Às margens do rio Vaza Barris, Conselheiro e seus seguidores iniciam a organização de uma comunidade em uma grande fazenda onde não morava ninguém. O sistema vai dando certo e mais gente começa a chegar, inclusive os peões das fazendas vizinhas, ex-escravos, desempregados. O governo encarava a comunidade de Canudos como um agrupamento de baderneiros porque, na verdade, os canudenses deixaram de pagar impostos ao governo e ficaram livres da manipulação dos coronéis.
Mas como garantir que a oposição não chegará ao poder se há a eleição? Para isso, foi criada a Comissão Verificadora de Poderes (Comissão da "Degola") => todos os candidatos eleitos precisam passar pela cerimônia da diplomação. Nesse momento, o eleito tem que dizer quais são os seus planos de governo, se ele é favorável ao governador, ao presidente. Além disso, se o eleito deveria ter a "ficha limpa" caso contrário, seria cassado. Por isso que a Comissão foi chamada de "Degola", ou seja, o deputado é degolado que significa perder o mandato. Essa Comissão pode funcionar desde o começo até o fim do mandato dos eleitos, inclusive do governador e no dia em que um deles falar "não" à presidência, ele é cassado. Desse modo, a Comissão torna-se poderosíssima e concede ao presidente amplos poderes para agir.

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14 comentários:

Anônimo at: 14 junho, 2009 18:19 disse...

professora o que foi a revolta do contestado ? :D

Anônimo at: 22 outubro, 2009 10:43 disse...

professora o que foi a revolta da monarquia celestial!
bjsss...

Isa at: 07 abril, 2010 16:07 disse...

prfessora a guerra de canudos cairá na prova?

{ Elaine Pavani } at: 07 abril, 2010 18:14 disse...

Não. A Guerra de Canudos não será cobrada nessa prova.

Anônimo at: 03 dezembro, 2010 11:38 disse...

trabalhinho chato em

Anônimo at: 24 março, 2012 13:43 disse...

Perdi meu mudulo d Historia, na escola, e tenho que estudar pela net...queria que tivesse mais coisas, como as revoltas e as guerras que houve nesse periodo..

Anônimo at: 19 abril, 2012 07:50 disse...

Professora to com saudade. te amo sempre!

Anônimo at: 19 abril, 2012 07:51 disse...

Beijos Gabi

Anônimo at: 24 agosto, 2012 23:19 disse...

a guerra de canundos pod ser considera uma situaçao social?

{ angelo } at: 09 novembro, 2015 18:09 disse...

muito legal as guerras dos canudos

{ angelo } at: 09 novembro, 2015 18:10 disse...

legal

{ angelo } at: 09 novembro, 2015 18:10 disse...

legal

{ angelo } at: 09 novembro, 2015 18:11 disse...

legal

{ angelo } at: 09 novembro, 2015 18:11 disse...

muito legal as guerras dos canudos

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