DITADURA MILITAR

segunda-feira, 31 de maio de 2010
Aulinha sobre o periodo militar para ajudar nos estudos para o vestibular.


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QUEBRA-CABEÇAS COM TEMAS HISTÓRICOS

sábado, 29 de maio de 2010
Uma dica muito interessante: quebra-cabeças com temas e personagens da História.
Clique em qualquer foto e ela se abrirá embaralhada. É só arrastar as peças com o mouse para fazer a montagem.

http://www.histoire-en-ligne.com/article.php3?id_article=480


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REVOLUÇÃO FRANCESA - PARA ESTUDAR

segunda-feira, 24 de maio de 2010
1ª. Fase da Revolução: A Assembléia Nacional Constituinte – 1789-1792

Nesta fase, fundou uma Monarquia Parlamentarista, ou Constitucional. Um dos atos mais importantes da Assembléia foi o confisco dos bens do clero francês, que seriam usados como uma espécie de lastro para os bônus emitidos para superar a crise financeira. Parte do clero reage e começa a se organizar e como resposta a Assembléia decreta a Constituição Civil do Clero; isto é, o clero passa a ser funcionário do Estado, e qualquer gesto de rebeldia levaria a prisão. A situação estava muito confusa. A Assembléia não conseguia manter a disciplina e controlar o caos econômico. O Rei entra em contato com os emigrados no exterior (principalmente na Prússia e na Áustria) e começam a conspirar para invadir a França, derrubar o governo revolucionário e restaurar o absolutismo. Para organizar a contrarrevolução, o monarca foge da França para a Prússia, mas no caminho e reconhecido por camponeses, é preso e enviado à Paris. Na capital, os setores mais moderados da Assembléia conseguiram que o Rei permanecesse em seu posto. A partir daí uma grande agitação tem início, pois seria votada e aprovada a Constituição de 1791. Esta constituição estabelecia, na França, a Monarquia Parlamentar, ou seja, o Rei ficaria limitado pela atuação do poder legislativo (Parlamento).

O poder legislativo era escolhido através do voto censitário e isso equivalia dizer que o poder continuava nas mãos de uma minoria, de uma parte privilegiada da burguesia. É o total afastamento do povo francês que continuava sem poder de decisão. No recinto da Assembléia, sentava-se à esquerda o partido liderado por Robespierre, que se aproximava do povo: eram os Jacobinos ou Montanheses (assim chamados por se sentarem nas partes mais altas da Assembléia); ao lado, um pequeno grupo ligado aos Jacobinos, chamados Cordeliers, onde apareceram nomes como Marat, Danton, Hebert e outros; no centro, sentavam-se os constitucionalistas, defensores da alta burguesia e a nobreza liberal, grupo que mais tarde ficará conhecido pelo nome de planície; à direita, ficava um grupo que mais tarde ficará conhecido como Girondinos, defensores dos interesses da burguesia francesa e que temiam a radicalização da revolução; na extrema direita, encontram-se alguns remanecentes da aristocracia que ainda não emigrara, conhecidos por aristocratas, que pretendiam a restauração do poder absoluto.

Esta fase terminou com a radicalização do movimento revolucionário depois que Robespierre e seus seguidores agiram incitando à população a pegarem em armas e lutarem contra a Assembléia e as forças conservadoras.

2ª. Fase da Revolução: A Convenção Nacional – 1792-1794/95

Foi a fase considerada mais radical do movimento revolucionário porque foi a etapa em que os Jacobinos, liderados por Robespierre, assumiram o comando da revolução. Portanto, foi a etapa mais popular do movimento já que os Jacobinos eram representantes políticos das classes populares. O rei e a aristocracia não vacilaram em trair a França revolucionária. Luís XVI e Maria Antonieta foram presos, acusados de traição ao país por colaborarem com os invasores. Verdun, última defesa de Paris, foi sitiada pelos prussianos. O povo, chamado a defender a revolução, saiu às ruas e massacrou muitos partidários do Antigo Regime. Sob o comando de Danton, Robespierre e Marat, foram distribuídas armas ao povo e foi organizada a Comuna Insurrecional de Paris. As palavras de Danton ressoaram de forma marcante nos corações dos revolucionários. Disse ele: "Para vencer os inimigos, necessitamos de audácia, cada vez mais audácia, e então a França estará salva". Em 21 de Janeiro do ano seguinte, 1793, Luis XVI foi condenado e guilhotinado na “praça da revolução” – atual Praça da Concórdia situada na avenida Champs-Élysées, em Paris – uma vez que os Jacobinos já haviam assumido a liderança do movimento revolucionário. A rainha Maria Antonieta, foi decapitada no mesmo ano só que em setembro.

Os Jacobinos assumiram a direção política do Estado proclamando uma nova República: a República Jacobina e com ela uma nova Constituição: a Constituição de 1793. Na Constituição Jacobina continham princípios que satisfazia a população porque garantia-lhe direitos e poder de decisão. Vejamos os mais importantes pontos da nova Constituição:

Voto Universal ou Sufrágio Universal - Todos os cidadãos homens maiores de idade, votam.

Lei do Máximo ou Lei do Preço Máximo – estabeleceu um teto máximo para preços e salários.

Venda de bens públicos e dos emigrados para recompor as finanças públicas.

Reforma Agrária – confismo de terras da nobreza emigrada e da Igreja Católica, que foram divididas em lotes menorese vendida a preços baixos para os camponeses pobres que puderam pagar num prazo de até 10 anos.

Extinção da Escravidão Negra nas Colônias Francesas – que acabou por motivar a Revolução Haitiana em 1794 e que durou até 1804 quando no Haiti aboliu-se a escravidão.

Organização dos seguintes comitês: o Comitê de Salvação Pública, formado por nove (mais tarde doze) membros e encarregado do poder executivo, e o Comité de Segurança Pública, encarregado de descobrir os suspeitos de traição.

Criação do Tribunal Revolucionário, que julgava os opositores da Revolução e geralmente os condenavam à Guilhotina.

Ressalta-se que para que os Jacobinos pudessem alacançar o poder político do Estado e assumí-lo, teve que contar com um apoio fundamental: os sans-culottes. Os sans-culottes eram indivíduos populares – normalmente desempregados e assalariados, a plebe urbana – que eram identificados pelo frígio, ou barrete, vermelho que usavam sobre suas cabeças.

Porém, mesmo com o apoio dos sans-culottes e estando na direção política do Estado realizando determinadas reformas políticas e sociais significativas, os Jacobinos não duraram muito no poder devido ao que implantaram durante sua República – a Era do Terror. Robespierre, líder supremo dos Jacobinos, decidiu implantar a Era do Terror. Mas o que significou isso? Significou que era necessário agir de modo ditatorial para alcançar um governo democrático e assegurar as conquistas instituídas pelas reformas que se realizavam. Para tais fins teve que Robespierre impor o poder do Estado sobre a população e condenar todos os que eram considerados suspeitos de traição à guilhotina. Foi o período em que a guilhotina foi mais usada. Até mesmo líderes Jacobinos próximos a Robespierre, como Danton por exemplo, foram guilhotinados. O excesso de terror fez com que os Girondinos articulassem um Golpe de Estado – o golpe 9  Termidor – e derrubassem com a República Jacobina, guilhotinando inclusive Robespierre. Iniciava-se a terceira fase revolucionária.

3ª. Fase da Revolução: o Diretório – 1795-1799 / A Era Napoleônica-1799-1815

Conhecido como Reação Termidoriana, o golpe de Estado armado pela alta burguesia financeira, que marcou o fim da participação popular no movimento revolucionário, em compensação os estabelecimentos comerciais cresciam, porque as ações burguesas anteriores haviam eliminado os empecilhos feudais. O novo governo, denominado Diretório (1795-1799), autoritário e fundamentado numa aliança com o exército (então restabelecido após vitórias realizadas em guerras externas), foi o responsável por elaborar a nova Constituição, que manteria a burguesia livre de duas grandes ameaças: a República Democrática Jacobina e o Antigo Regime. O Poder Executivo foi concedito ao Diretório, e uma comissão formada por cinco diretores eleitos por cinco anos. Apesar disso, em 1796 a burguesia enfrentou a reação dos Jacobinos e radicais igualitaristas. Graco Babeuf liderou a chamada Conspiração dos Iguais, um movimento socialista que propunha a "comunidade dos bens e do trabalho", cuja atenção era voltada a alcançar a igualdade efetiva entre os homens, que segundo Graco, a única maneira de ser alcançada era através da abolição da propriedade privada. A revolta foi esmagada pelo Diretório, que decretou pena de morte a todos os participantes da conspiração, e o enforcamento Babeuf.

O governo não era respeitado pelas outras camadas sociais. Os burgueses mais lúcidos e influentes perceberam que com o Diretório não teriam condição de resistir aos inimigos externos e internos e manter o poder. Eles acreditavam na necessidade de uma ditadura militar, uma espada salvadora, para manter a ordem, a paz, o poder e os lucros. A figura que sobressai no fim do período é a de Napoleão Bonaparte. Ele era o general francês mais popular e famoso da época. Quando estourou a revolução, era apenas um simples tenente e, como os oficiais oriundos da nobreza abandonaram o exército revolucionário ou dele foram demitidos, fez uma carreira rápida. Aos 24 anos já era general de brigada. Após um breve período de entusiasmo pelos Jacobinos, chegando até mesmo a ser amigo dos familiares de Robespierre, afastou-se deles quando estavam sendo depostos. Lutou na Revolução contra os países absolutistas que invadiram a França e foi responsável pelo sufocamento do golpe de 1795.

 Napoleão abandonou seus soldados e, com alguns generais fiéis, retornou à França, onde, com apoio de dois diretores e de toda a grande burguesia, invadiu o Diretório e instaurou o Consulado, dando início ao período napoleônico com o golpe de Estado conhecido por 18 Brumário.

Estude bastante.


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MASCOTE COPA 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010
Este é ZAKUMI, o mascote oficial da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul. É um leopardo cujo nome surgiu da combinação de palavras em dialetos africano, como “ZA”, abreviação para África do Sul, mais “kumi”, forma escrita do número dez em alguns países do continente.
Zakumi representa o povo, a geografia e o espírito da África do Sul, personificando a próxima Copa do Mundo da FIFA.


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ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA - 13 DE MAIO

quinta-feira, 13 de maio de 2010
Pouco se fala sobre o 13 de maio. Mas é preciso trazer à memória, fatos e acontecimentos importantes da nossa História. Aproveito então para postar um texto sobre a abolição da escravidão no Brasil e as comemoraçãoes do dia 13 de maio.

O SIGNIFICADO DO 13 DE MAIO
Ricardo Barros Sayeg*

O dia 13 de maio de 1888 marcou oficialmente o fim da escravidão no Brasil, através de uma lei assinada pela Princesa Isabel, durante uma viagem de Dom Pedro II ao exterior. Naquela oportunidade houve uma série de comemorações, principalmente no Rio de Janeiro, capital do Império. Vários ex-escravos saíram às ruas comemorando o feito. É verdade que em várias regiões do país o trabalho escravo persistiu e só foi abolido no início do século XX. Ainda nos dias de hoje, volta e meia a imprensa nos dá informações sobre a existência do trabalho escravo em várias regiões do país.

O movimento negro, então, resolveu abolir essa data e comemorar a negritude no dia 20 de novembro, denominado Dia da Consciência Negra. Razão mais que justa, pois, de fato, o 13 de maio foi uma data que ocorreu de “cima para baixo”, sem a participação dos principais interessados no tema, apesar de haver no Brasil um movimento abolicionista bem forte naquele período, principalmente nas cidades mais importantes do sudeste do país.

O Dia da Consciência Negra não existe por acaso. Em 20 de novembro de 1695, Zumbi, principal liderança do Quilombo dos Palmares – a maior comunidade formada por escravos fugitivos das fazendas no interior de Alagoas – foi morto em uma emboscada na Serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após liderar uma resistência que resultou no início da destruição daquela comunidade. Portanto, comemorar o Dia da Consciência Negra nessa data é uma forma de homenagear e manter viva na memória coletiva essa figura tão importante para a história do Brasil e para o povo negro em especial. Não somente a imagem do líder, mas também a sua importância na luta pela libertação da escravidão e na melhoria das condições de vida para esse povo.

Entretanto o 13 de maio de 1888 também tem seu significado. Liberal, a Princesa Isabel apoiava abertamente o movimento abolicionista. Ela chegou a amparar artistas e intelectuais que atuavam em favor do movimento da abolição da escravidão no Brasil. Muitos desses artistas e intelectuais apoiavam também a criação do sistema republicano no Brasil. Ela chegou a financiar a alforria de alguns escravos e dava guarida a muitos deles na sua casa em Petrópolis.

Joaquim Nabuco, um dos grandes políticos do Império, afirmava que a escravidão no Brasil era "a causa de todos os vícios políticos e fraquezas sociais; um obstáculo invencível ao seu progresso; a ruína das suas finanças, a esterilização do seu território; a inutilização para o trabalho de milhões de braços livres; a manutenção do povo em estado de absoluta e servil dependência para com os poucos proprietários de homens que repartem entre si o solo produtivo".

No dia 13 de maio de 1888 aconteceram as últimas votações de um projeto de abolição da escravidão no nosso país. A regente então, desceu de Petrópolis, cidade serrana, para aguardar no Paço Imperial o momento de assinar a Lei Áurea. Usou uma pena de ouro especialmente confeccionada para a ocasião, recebendo a aclamação do povo do Rio de Janeiro. O Jornal da Tarde, do dia 15 de maio de 1888, noticiou que "o povo que se aglomerava em frente do Paço, ao saber que já estava sancionada a grande Lei, chamou Sua Alteza, que aparecendo à janela, foi saudada por estrepitosos vivas."

É bem verdade que a Abolição da escravidão representou também a queda da monarquia no Brasil. Em 15 de novembro de 1889, o Império sucumbia, principalmente pela falta de apoio político daqueles que até então eram os únicos a sustentarem politicamente o Império: os grandes produtores rurais donos de escravos.

O 13 de maio, entretanto, não deve ser esquecido. Ele tem um lugar de enorme importância na história desse país e do povo brasileiro.

 
*Ricardo Barros Sayeg é Mestre em Educação, Bacharel em História e Pedagogia pela Universidade de São Paulo e Professor de História do Colégio Paulista.


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COPA DO MUNDO - 2010

sábado, 8 de maio de 2010
Ontem completei o primeiro time do álbum da copa 2010. Pode parecer besteira mas eu curto e sempre coleciono. Meus filhos ajudam mas a regra é clara: o álbum é meu.


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DIA DAS MÃES

quinta-feira, 6 de maio de 2010
Mais uma preciosa indicação da Lilian Nascimento do Núcleo de Mídias Sociais.

O DIA DAS MÃES
Ricardo Barros Sayeg
Quando em 1905, Anna Jarvis, uma norte-americana da Virgínia Ocidental perdeu sua mãe, entrou num estado profundo de depressão. Preocupadas, algumas amigas resolveram então perpetuar a memória de sua progenitora organizando uma festa. Anna quis que a festa fosse estendida a todas as mães. A idéia era fortalecer os laços familiares entre os membros das famílias e o respeito dos filhos por seus pais. No estado da Virginia Ocidental, a primeira comemoração oficial só teria ocorrido em 26 de abril de 1910, quando Willian E. Glasscock, governador do estado, incorporou a data ao calendário oficial.

Nos Estados Unidos da América as primeiras sugestões em favor da criação de um dia dedicado ás mães foram realizadas em 1872 pela escritora Julia Ward Howe, autora do Hino de Batalha da República dos Estados Unidos.

As comemorações em homenagem às mães, todavia, são mais antigas ainda. Na entrada da primavera na Grécia antiga, havia uma festa dedicada à Réia, mãe dos deuses do Olimpo. Réia, esposa e irmã de Cronos, teria dado luz à Deméter, Hades, Hera, Héstia, Poseidon e Zeus. Era uma deusa associada à fertilidade.

No século XVII, a Inglaterra dedicou o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Era o chamado “Mothering Day”, quando as trabalhadoras inglesas podiam ficar em casa ao lado de suas progenitoras. Nesse dia era comum que as operárias fizessem o “mothering cake”, um bolo feito em homenagem às mães.

Anna nunca quis que a data fosse usada para que os comerciantes e fabricantes tivessem lucros, mas infelizmente o desejo de Anna não se concretizou. No Brasil, por exemplo, o Dia das Mães é responsável por um enorme volume de vendas, só perdendo para o Natal.

Em 1914, o presidente norte-americano Woodrow Wilson unificou a celebração do Dia das Mães em todos os estados, estabelecendo que a data deveria ser comemorada no segundo domingo do mês de maio. Em pouco tempo mais de 40 países aderiram à comemoração.

Durante toda a vida, Anna Jarvis lutou para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Ela dizia frequentemente que as pessoas não reconheciam o amor que recebiam de suas progenitoras. Ironicamente Anna nunca chegou a ser mãe. Morreu em 1948, aos 84 anos e recebeu muito reconhecimento em vida pela criação da data.

No Brasil, a primeira comemoração do dia das Mães ocorreu em 12 de maio de 1918, organizada pela Associação Cristã de Moços. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo do mês de maio. Em 1947 a data foi incorporada ao calendário oficial da Igreja Católica.

Nesse dia 9 de maio comemoremos nossas mães, afinal, como dizia Sófocles, autor grego: “os filhos são para as mães as âncoras da sua vida”.


*Ricardo Barros Sayeg é Professor de História do Colégio Paulista, Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo, formado em História e Pedagogia pela mesma universidade.






O mais importante no dia das mães  é que você filho abrace forte sua mãe e fale para ela o quantro você a ama. Esse, com certeza, será seu melhor presente.
E nos outros dias do ano, faça a mesma coisa!
Feliz dia das mães para todas as mães. Principalmente para a minha: Dona Helena, eu te amo.


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REVOLTAS NA REPÚBLICA VELHA

terça-feira, 4 de maio de 2010
O CANGAÇO

     A história do Cangaço inicia-se a partir de 1870 e vai até 1940. As causas que se relacionam ao Cangaço são os períodos de seca e a miséria que atingia nestes momentos até os jagunços dos coronéis (assalariados do crime), que para fugirem do autoritarismo do coronel e da miséria da seca se revoltavam e  se uniam, formando os temíveis bandos de cangaceiros que, para os seus membros, não passava de uma forma de vida, inclusive mais honrosa do que a da elite dominante. Estes cangaceiros tinham as fazendas dos coronéis como alvo principal para os seus saques.
     Por atacarem a base política da República Velha, estes cangaceiros tiveram que enfrentar as "volantes" formadas por policiais da Guarda Nacional e pelo exército.
     O maior e mais temível bando de cangaceiros foi o de Lampião que, contando com sua mulher Maria Bonita (no cangaço as mulheres participavam em pé de igualdade com os homens) e seus "cabras", impôs o medo à oligarquia nordestina e a quem a servia.

                                       (NÃO FALEI QUE ELE ERA UMA GRACINHA??)
   
O povo, por sua vez, temia os cangaceiros, mas apoiava suas ações de cabras machos. O fim do Cangaço inicia-se com a morte de Lampião, em 1938, e termina definitivamente com a morte do último cangaceiro, Corisco, seu companheiro e líder de bando.


GUERRA DE CANUDOS

     Em Canudos, tudo era de todos, a divisão do trabalho era de acordo com o sexo e a idade, o fruto da produção era dividido de acordo com a necessidade de cada família. O vício, o roubo e a prostituição foram banidos desta sociedade e o sentimento religioso tido como a maior posse que se havia de ter.     Este estado “socialista” bem dentro da área de domínio da oligarquia mais atrasada do país, o Nordeste, exigiu uma raivosa ofensiva das tropas do governo de Prudente de Moraes para destruir aquela comunidade.   
    
     O governo, com o auxílio da imprensa, vendia a idéia de que os seguidores de Antônio Conselheiro eram fanáticos religiosos extremamente perigosos que poderiam representar uma ameaça para a sociedade brasileira no futuro.
      As tropas federais só conseguiram derrotar a brava resistência do povo após a terceira expedição e seu derradeiro fim foi muito bem descrito por Euclides da Cunha em sua obra Os Sertões, página 476:

"Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a
história, resistiu até o esgotamento completo... caiu
no dia 5 de outubro de 1897, ao anoitecer, quando caíram
seus últimos defensores... eram quatro apenas:
um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente
dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
Todos morreram, homens, mulheres, velhos e crianças,
aproximadamente entre 25 e 30 mil vidas destruídas
em nome da manutenção da exploração
econômica e social da massa trabalhadora brasileira
pela elite proprietária”.



GUERRA DO CONTESTADO

     Durante o governo de Wenceslau Brás, salvo pelo início do surto industrial da Primeira Guerra, ocorreu a mais importante rebelião camponesa do Sul do país, a Revolta do Contestado, na região entre os estados do Paraná e Santa Catarina, com terras férteis e muita erva mate e madeiras de lei. Os romeiros, vindos de diversas localidades, seguiam o monge João Maria e seu sucessor José Maria, que pregava o fim da República e a implantação da monarquia de origem divina. Os posseiros haviam sido expulsos da terra por fazendeiros e empresas colonizadoras multinacionais ou eram desempregados da construção de ferrovias na região.
    
     Lutavam conscientemente pela posse das terras ("nóis não tem direito de terra, é tudo para a gente da Oropa"), tendo que enfrentar o exército do governo brasileiro, a Guarda Nacional, os jagunços e, pela primeira vez no Brasil, atacados pela aviação de guerra, que estava a serviço dos interesses dos coronéis e das empresas colonizadoras (madeireiras) multinacionais.
     A destruição das "Vilas Santas" e a morte de milhares de camponeses foi justificada, perante a sociedade brasileira, como uma luta contra fanáticos, degenerados e violentos rebeldes.



REVOLTA DA CHIBATA

     Na noite de 22 de novembro de 1910, estoura a Revolta da Chibata, quando o marinheiro João Cândido, o almirante negro, assumiu o comando do porta-aviões Minas Gerais e outros marujos assumiram o controle de outras belonaves, o São Paulo, o Bahia e o Deodoro, apontando seus canhões para pontos estratégicos da cidade do Rio de Janeiro.
     Os marinheiros só queriam o fim dos castigos corporais na Armada e, com o apoio da oposição e parte considerável da população carioca, o presidente Hermes da Fonseca e o Parlamento cederam às exigências.

          Porém, como em nossa história jamais uma revolta popular havia triunfado, o governo não perdoou a ousadia daqueles marujos "sem cultura" e "sem responsabilidades". Ignorou-se a anistia, prendendo e desterrando para a Amazônia seus principais líderes. Os poucos marinheiros que não morreram foram absolvidos em julgamento dois anos depois.



REVOLTA DA VACINA

     A situação do Rio de Janeiro, no início do século XX, era precária. A população sofria com a falta de um sistema eficiente de saneamento básico. Este fato desencadeava constantes epidemias, entre elas, febre amarela, peste bubônica e varíola. A população de baixa renda, que morava em habitações precárias, era a principal vítima deste contexto.
     Preocupado com esta situação, o então presidente Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento básico e reurbanização do centro da cidade. O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi designado pelo presidente para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade.
     A campanha de vacinação obrigatória é colocada em prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, provocando revolta nas pessoas. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos.
     A revolta popular aumentava a cada dia, impulsionada também pela crise econômica (desemprego, inflação e alto custo de vida) e a reforma urbana que retirou a população pobre do centro da cidade, derrubando vários cortiços e outros tipos de habitações mais simples.

    
     As manifestações populares e conflitos espalham-se pelas ruas da capital brasileira. Populares destroem bondes, apedrejam prédios públicos e espalham a desordem pela cidade. Em 16 de novembro de 1904, o presidente Rodrigues Alves revoga a lei da vacinação obrigatória, colocando nas ruas o exército, a marinha e a polícia para acabar com os tumultos. Em poucos dias a cidade voltava a calma e a ordem.

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O PRIMEIRO DE MAIO

sábado, 1 de maio de 2010
Recebi um e-mail muito simpático da Lilian Nascimento, do Núcleo de Mídias Sociais e quero compartilhar com vocês. No e-mail ela relembra o Dia do Trabalho, comemorado hoje em muitos lugares do mundo e sugere um texto do professor Ricardo Barros Sayeg. É fato que muitos alunos não conhecem o porquê da maioria dos feriados. Eles sabem que, nesses dias, poderão dormir até mais tarde e que não precisarão ir à escola. No entanto é muito importante estar ciente dos fatos que originaram os feriados já que são reflexo de momentos significativos vividos no passado e que, de alguma forma marcaram o processo histórico de um povo, de uma sociedade, de uma nação ou de um grupo social.


Você sabia que apesar do Dia do Trabalho ser comemorado no dia 1º de maio, nos Estados Unidos a celebração é só em setembro devido a uma manifestação ocorrida em Chicago?

E que mesmo sendo um feriado nacional no Brasil, a Bahia ficou 55 anos sem folga porque os governantes acreditavam que era uma contradição não trabalhar no dia do Trabalho?


As origens do Primeiro de Maio

Professor Ricardo Barros Sayeg
Primeiro de maio é o Dia do Trabalho. No Brasil, assim como em alguns países do mundo, é um feriado nacional. Um dia dedicado a festas, passeatas e reivindicações dos trabalhadores. Mas como ele teria surgido?

Em 1886, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho. Dentre as principais reivindicações estavam a redução da jornada de trabalho de 13 para oito horas, melhores salários, descanso semanal remunerado e um período anual de férias. Nesse mesmo dia, ocorreu naquele País uma greve geral de trabalhadores. Os conflitos com a polícia se tornaram constantes a partir de então. Oito trabalhadores morreram nessas verdadeiras lutas de rua. Muitos foram presos e alguns foram enforcados em praça pública depois de julgamentos injustos, nos quais foram acusados de liderar as manifestações que tiveram início no dia 1° de maio.

No dia 4 de maio de 1886, novas manifestações tomaram conta das ruas de Chicago. Dessa vez, morreram doze protestantes e dezenas de pessoas ficaram feridas.


A escolha da data de 1° de maio foi feita pela Segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, em 1889. Naquela oportunidade, escolheu-se essa data para homenagear os trabalhadores mortos pela repressão policial nos Estados Unidos.

Apesar disso, os Estados Unidos comemoram o Dia do Trabalho na primeira segunda-feira de setembro. Além deste, outros poucos países têm suas datas próprias. Na Austrália comemora-se a data em duas ocasiões: na parte ocidental em 4 de março e na parte meridional em 7 de outubro.

Aqui no Brasil, o primeiro de maio é comemorado desde o ano de 1925, por decreto sancionado pelo então presidente Arthur Bernardes. De lá para cá, a data foi comemorada de diversas formas: em 1940, o presidente Getúlio Vargas utilizou o primeiro de maio para anunciar o novo salário mínimo. Em 1941, a data foi usada para marcar a criação da Justiça do Trabalho, que visava resolver os conflitos existentes entre os trabalhadores e seus patrões. Mas na Bahia, por 55 anos não se comemorou esta data em virtude da natureza contraditória da ocasião: o dia dedicado ao trabalho, é feriado. Só em 1980, Antônio Carlos Magalhães promulgou a data como o dia do descanso em todo o estado da Bahia

Hoje, perdeu-se um pouco do caráter reivindicativo do dia e o primeiro de maio é utilizado mais para as festas realizadas pelas organizações trabalhistas, ocasião em que são sorteados prêmios para os trabalhadores pelas principais centrais sindicais do país. Triste fim para uma data que teve origens tão nobres!


 *Ricardo Barros Sayeg é Professor de História do Colégio Paulista, Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo, formado em História e Pedagogia pela mesma universidade.


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