No mundo pós-moderno...

terça-feira, 2 de novembro de 2010
reaprendemos a avaliar o TEMPO;


e revemos os conceitos de romantismo.

Como eu era feliz na década de 80!
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A Arte de Votar

segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Recebi esta preciosidade por e-mail da minha amiga Helaine Patrícia. O texto, intitulado "Votar" é de autoria da escritora Raquel de Queiroz e foi publicado na revista "O Cruzeiro", no ano de 1947. É impressionante como, mais de 60 anos após a publicação, o conteúdo permaneça absolutamente atual mostrando a importância da prática política e do exercício do voto consciente. Às vésperas do segundo turno, é uma leitura imprescindível.
VOTAR

Não sei se vocês têm meditado como devem no funcionamento do complexo maquinismo político que se chama govêrno democrático, ou govêrno do povo. Em política a gente se desabitua de tomar as palavras no seu sentido imediato.

No entanto, talvez não exista, mais do que esta, expressão nenhuma nas línguas vivas que deva ser tomada no seu sentido mais literal: govêrno do povo. Porque, numa democracia, o ato de votar representa o ato de FAZER O GOVÊRNO.

Pelo voto não se serve a um amigo, não se combate um inimigo, não se presta ato de obediência a um chefe, não se satisfaz uma simpatia. Pelo voto a gente escolhe, de maneira definitiva e irrecorrível, o indivíduo ou grupo de indivíduos que nos vão governar por determinado prazo de tempo.

Escolhem-se pelo voto aquêles que vão modificar as leis velhas e fazer leis novas - e quão profundamente nos interessa essa manufatura de leis! A lei nos pode dar e nos pode tirar tudo, até o ar que se respira e a luz que nos alumia, até os sete palmos de terra da derradeira moradia.

Escolhemos igualmente pelo voto aquêles que nos vão cobrar impostos e, pior ainda, aquêles que irão estipular a quantidade dêsses impostos. Vejam como é grave a escolha dêsses "cobradores". Uma vez lá em cima podem nos arrastar à penúria, nos chupar a última gôta de sangue do corpo, nos arrancar o último vintém do bôlso.

E, por falar em dinheiro, pelo voto escolhem-se não só aquêles que vão receber, guardar e gerir a fazenda pública, mas também se escolhem aquêles que vão "fabricar" o dinheiro. Esta é uma das missões mais delicadas que os votantes confiam aos seus escolhidos.

Pois, se a função emissora cai em mãos desonestas, é o mesmo que ficar o país entregue a uma quadrilha de falsários. Êles desandam a emitir sem conta nem limite, o dinheiro se multiplica tanto que vira papel sujo, e o que ontem valia mil, hoje não vale mais zero.

Não preciso explicar muito êste capítulo, já que nós ainda nadamos em plena inflação e sabemos à custa da nossa fome o que é ter moedeiros falsos no poder.

Escolhem-se nas eleições aquêles que têm direito de demitir e nomear funcionários, e presidir a existência de todo o organismo burocrático. E, circunstância mais grave e digna de todo o interêsse: dá-se aos representantes do povo que exercem o poder executivo o comando de tôdas as fôrças armadas: o exército, a marinha, a aviação, as polícias.

E assim, amigos, quando vocês forem levianamente levar um voto para o Sr. Fulaninho que lhes fêz um favor, ou para o Sr. Sicrano que tem tanta vontade de ser governador, coitadinho, ou para Beltrano que é tão amável, parou o automóvel, lhes deu uma carona e depois solicitou o seu sufrágio - lembrem-se de que não vão proporcionar a êsses sujeitos um simples emprêgo bem remunerado.

Vão lhes entregar um poder enorme e temeroso, vão fazê-los reis; vão lhes dar soldados para êles comandarem - e soldados são homens cuja principal virtude é a cega obediência às ordens dos chefes que lhe dá o povo. Votando, fazemos dos votados nossos representantes legítimos, passando-lhes procuração para agirem em nosso lugar, como se nós próprios fôssem.

Entregamos a êsses homens tanques, metralhadoras, canhões, granadas, aviões, submarinos, navios de guerra - e a flor da nossa mocidade, a êles prêsa por um juramento de fidelidade. E tudo isso pode se virar contra nós e nos destruir, como o monstro Frankenstein se virou contra o seu amo e criador.

Votem, irmãos, votem. Mas pensem bem antes. Votar não é assunto indiferente, é questão pessoal, e quanto! Escolham com calma, pesem e meçam os candidatos, com muito mais paciência e desconfiança do que se estivessem escolhendo uma noiva.

Porque, afinal, a mulher quando é ruim, dá-se uma surra, devolve-se ao pai, pede-se desquite. E o govêrno, quando é ruim, êle é que nos dá a surra, êle é que nos põe na rua, tira o último pedaço de pão da bôca dos nossos filhos e nos faz aprodecer na cadeia. E quando a gente não se conforma, nos intitula de revoltoso e dá cabo de nós a ferro e fogo.

E agora um conselho final, que pode parecer um mau conselho, mas no fundo é muito honesto. Meu amigo e leitor, se você estiver comprometido a votar com alguém, se sofrer pressão de algum poderoso para sufragar êste ou aquêle candidato, não se preocupe. Não se prenda infantilmente a uma promessa arrancada à sua pobreza, à sua dependência ou à sua timidez. Lembre-se de que o voto é secreto.

Se o obrigam a prometer, prometa. Se tem mêdo de dizer não, diga sim. O crime não é seu, mas de quem tenta violar a sua livre escolha. Se, do lado de fora da seção eleitoral, você depende e tem mêdo, não se esqueça de que DENTRO DA CABINE INDEVASSÁVEL VOCÊ É UM HOMEM LIVRE. Falte com a palavra dada à fôrça, e escute apenas a sua consciência. Palavras o vento leva, mas a consciência não muda nunca, acompanha a gente até o inferno".

                                                              Raquel de Queiroz, "Votar" - para O Cruzeiro, janeiro de 1947.


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Prêmio Top - segundo turno

sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Agradeço aos meus amigos, alunos e seguidores pelos votos na primeira fase do prêmio Top Blog. Com o seu apoio o SINAIS DA HISTÓRIA  passou para a segunda fase que elegerá os TOP 30.

Então, a votação continua mas dessa vez é preciso clicar no selinho do Top Blog, digitar nome e e-mail e depois confirmar o voto no e-mail enviado pelo Top Blog na sua caixa.

Conto com vocês novamente e obrigada pela força. Afinal, é isso que motiva um blogueiro como eu.

beijos carinhosos,

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Roteiro de Estudos - 7ªsérie

O que eu preciso saber sobre a Vinda da Família real para o Brasil e sobre a Proclamação da Independência?

•Relacionar as invasões Napoleônicas com a vinda da família real para o Brasil
•Descrever a viagem da família real.
•Explicar a abertura dos Portos decretada por D. João e suas consequências.
•Citar as principais medidas tomadas por D. João como príncipe regente do Brasil e as repercussões dessas medidas na colônia
•Explicar o que foram os Tratados de 1810.
•Explicar a Revolução Liberal do Porto.
•Citar os motivos da Revolução Pernambucana de 1817.

•Relatar o retorno de D. João VI para Portugal.
•Explicar como D. Pedro I assumiu o poder no Brasil.
•Explicar o que foi o Dia do Fico
•Relatar como foi a proclamação da independência no Brasil.

Estude bastante!


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O DIA DAS CRIANÇAS, NA VISÃO DA HISTÓRIA.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Amanhã, dia 12 de outubro, comemoraremos o dia das crianças. Então estou postando um texto do professor Ricado Sayeg sobre a origem histórica dessa data comemorativa. Leiam!

No Brasil, o Dia das Crianças foi criado por um político: o deputado federal Galdino do Valle Filho, na década de 1920. Em 1924, o então presidente da República, Arthur Bernardes, teria institucionalizado a data através do Decreto número 4.867, de 5 de novembro de 1924. Naquela época, apesar da criação da data, o mercado brasileiro não era tão dinâmico e o Dia das Crianças não era comemorado como nos dias de hoje, nos quais as famílias se veem na obrigação de dar presentes aos menores.

Foi na década de 1960 que a coisa mudou. Naquela época, observando que a data poderia ser utilizada comercialmente e render bons lucros, a fábrica de brinquedos Estrela e a indústria Johnson & Johnson se uniram para lançar a “Semana do Bebê Robusto”. Como o próprio nome dizia, durante essa semana se exaltava a saúde das crianças e sua aparência física, que poderia ser melhorada, é claro, com os produtos da Johnson & Johnson e com o acalento dos brinquedos da Estrela. A partir dessa campanha, outras empresas aderiram à data para aumentar suas vendas e, atualmente, o Dia das Crianças responde por uma considerável fatia das vendas das lojas, só perdendo para o Natal e para o Dia das Mães. O setor de brinquedos e vestuário espera ansiosamente por essa data, pois sabe de sua importância para as crianças de todo o país.

Hoje, a criança tem um papel relevante nas famílias, mas nem sempre foi assim. Até o início do século, a criança não tinha um status próprio. Ela era tratada como um mini adulto, obrigada a se comportar e até mesmo a se vestir como tal. Nos dias atuais, a criança é soberana em casa. Isso ocorre devido à crescente participação da mulher no mercado de trabalho. A ausência dos pais em casa leva o casal a querer compensar a criança de alguma forma e, para suprir os desejos dos filhos, acabam recorrendo ao consumo, o que não resulta muitas vezes, em adultos com boa formação.

Em alguns países, o Dia das Crianças é comemorado em outras datas. Em Portugal e nos países de língua portuguesa, como Moçambique e Angola, por exemplo, o Dia das Crianças é comemorado em 1.º de junho. Na Índia, o dia 15 de novembro foi escolhido como data comemorativa das crianças. No Japão e na China, escolheu-se o 5 de maio.

Outros países comemoram o Dia das Crianças em 20 de novembro. Nessa data, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Declaração dos Direitos das Crianças em 1959. Dentre outras prerrogativas, essa declaração preconiza que as crianças devem ter cuidados especiais antes e depois do nascimento, acesso a uma educação de qualidade, cuidados dos pais e do Estado, entre outras medidas.

Ricardo Barros Sayeg - Mestre em Educação, pedagogo e historiador pela Universidade de São Paulo e professor de História do Colégio Paulista (COPI).




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Independência do Brasil: Mito ou Realidade

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


Amanhã é feriado e muitas pessoas ainda não sabem o motivo pelo qual não iremos ao colégio ou não precisaremos trabalhar (a maioria não). No dia 7 de setembro comemoramos a Independência do Brasil e o rompimento político com Portugal. Leia o texto do professor Ricardo Sayeg para ficar informado sobre o assunto. 


No próximo dia 7 de setembro comemoraremos a independência do Brasil. Essa data é muito importante para o povo do nosso país, mas poucos cidadãos sabem o que de fato aconteceu naquele longínquo 1822. Existem muitos mitos sobre a independência brasileira, alimentados pela mídia ou pelo senso comum.
O primeiro deles é que a independência foi um fato isolado, um acontecimento heróico, que teve na liderança de Dom Pedro a razão principal de sua existência. Muitos se esquecem de localizar a independência do Brasil como mais um capítulo da crise do Antigo Regime europeu e do antigo sistema colonial. Muitos países latinos americanos já haviam obtido a independência naqueles tempos. Além disso, desde o século XVIII, ocorriam diversas revoltas contra a metrópole portuguesa no Brasil, como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, que colocavam em xeque o poderio português na sua colônia americana. 
Antes mesmo da chegada da corte portuguesa, em 1808, já se pensava na emancipação de nosso país. Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, e esse fato político, por si só, determinava uma nova condição para o país. Seguindo esse viés, o ano de 1822 foi uma etapa natural do processo de independência de uma nação submetida ao jugo de um povo europeu.
Talvez essa visão heróica dos acontecimentos que envolveram o 7 de setembro tenha sido eternizada pela pintura de Pedro Américo: Independência ou Morte, exposta no Museu Paulista. O quadro nos mostra a figura de Dom Pedro ao centro, num ato bravo, declarando nossa emancipação política. Entretanto, é por vezes desconsiderado o fato de que o quadro foi uma encomenda do Imperador Pedro II, que queria eternizar aquele momento-chave para a história brasileira. Dizem que Pedro Américo teria se inspirado em Ernest Meissonier, o que era comum aos pintores da época. O quadro de Pedro Américo é quase uma cópia de Napoleão III na Batalha de Solferino.
O segundo mito sobre a independência brasileira é o de que ela teria alterado muitas das características políticas, econômicas e sociais existentes na época. Isso não é verdade. A independência serviu para consolidar o modelo monárquico, no qual o chefe de estado e de governo era o filho do rei português. Além disso, consolidou um modelo agroexportador, baseado na mão de obra escrava negra, que resultava numa sociedade desigual, altamente concentradora de riquezas.
O terceiro mito é o de que não houve nenhuma participação popular no processo de independência. Isso também não é verdade. Houve guerras sim, em várias partes do país. Em províncias distantes do centro sul do Brasil, como Bahia, Cisplatina, Grão-Pará e Maranhão, os conflitos foram intensos e houve muitas mortes, devido ao fato de o governo português se envolver diretamente no conflito ou contratar mercenários para realizar as guerras em seu nome.
Enfim, o 7 de setembro se aproxima e devemos utilizar essa data para pensar em nossa nacionalidade, naquilo que produzimos de positivo para o mundo, mas também nos nossos problemas e lutar para solucioná-los a fim de deixarmos um país mais digno e honesto para as futuras gerações. As eleições virão logo em seguida e essa é uma oportunidade magnífica para elegermos aqueles que de fato se comprometem para a construção de um excelente país para todos os brasileiros.



 por Ricardo Barros Sayeg*
*Ricardo Barros é professor de História do Colégio Paulista (COPI). Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Formado em História e Pedagogia pela mesma universidade.

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Dez momentos da propaganda eleitoral no Brasil

quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Clique no link e assista vídeos de momentos marcantes da propaganda eleitoral no Brasil.
Silvio Santos, Collor, Lula, Eymael e outros candidatos em grandes performances.
Impagável!

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/08/16/veja-dez-momentos-inesqueciveis-da-propaganda-eleitoral-no-brasil.jhtm

Elaine

Roteiro de estudos - 7ªs séries

quinta-feira, 12 de agosto de 2010
O que eu preciso saber sobre A Revolução Industrial?

  • Explicar o que foi a Revolução Industrial e suas consequências;
  • Identificar os fatores que levaram a Inglaterra a ser pioneira da Revolução Industrial;
  • Conhecer as fases do processo industrial;
  • Descrever as condições de vida e de trabalho dos operários;
  • Explicar o movimento luddita;
  • Explicar o movimento cartista;
  • Comentar o surgimento dos sindicatos;
  • Explicar o darwinismo social;
  • Entender os movimentos de reação ao capitalismo;
  • Diferenciar socialismo utópico do socialismo marxista;
  • Explicar o anarquismo;
  • Explicar o socialismo cristão.

Roteiro elaborado pela professora Silvia Maria Amâncio.

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Roteiro de estudos - 8ªs séries

segunda-feira, 2 de agosto de 2010
O que eu preciso saber sobre a REVOLUÇÃO RUSSA?
Capítulo 5


•Caracterizar a Rússia antes da revolução: problemas econômicos, czarismo e desigualdades sociais
•Descrever os acontecimentos de 1904 e 1905 relacionando com o Domingo Sangrento
•Citar a criação da Duma (parlamento russo)
•Descrever o crescente descontentamento da população russa em relação ao governo de Nicolau Romanov
•Explicar o que eram os sovietes e sua importância no processo da revolução
•Diferenciar as duas alas do Partido Comunista: os mencheviques e os bolcheviques, seus líderes e objetivos
•Citar as principais propostas socialistas de Lênin presentes nas Teses de Abril
•Explicar a Revolução Branca, de fevereiro de 1917
•Explicar a Revolução Bolchevique, de outubro de 1917
•Explicar a Guerra Civil e o objetivo dos contra-revolucionários (Exército Branco)
•Citar os objetivos de Lênin com a instituição da NEP
•Explicar a disputa entre Trotsky e Stálin após a morte de Lênin


Todo esforço será recompensado!
Estude bastante.

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Nova República

terça-feira, 6 de julho de 2010
Aula sobre a redemocratização, o governo Sarney, a Constituição de 1988 e o governo Collor.


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Governos Fernando Henrique e Lula

terça-feira, 29 de junho de 2010
Aulinha para estudar para o vestibular.



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Roteiro de Estudos - 7ª SÉRIE

quarta-feira, 23 de junho de 2010
O que eu preciso saber sobre Napoleão Bonaparte e o Congresso de Viena?
  • Explicar a trajetória política de Napoleão como líder da França.
  • Citar as principais realizações de Bonaparte ao assumir o poder.
  • Explicar o que foi o Código Civil e qual sua importância na França pós-revolucionária
  • Explicar o Bloqueio Continental e suas consequências
  • Relatar como foi a campanha de Napoleão na Rússia
  • Explicar o que foi o governo dos Cem Dias
  • Comentar como foi a derrota de Napoleão e o final de seu governo.
  • Citar os países que participaram do Congresso de Viena
  • Explicar os objetivos do Congresso do Congresso de Viena
  • Explicar o princípio da "não intervenção"
Lembre-se de estudar também a Revolução Industrial: artesanato e manufatura, a situação dos trabalhadores da Inglaterra no início da Revolução Industrial, as principais invenções do período.

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Vídeos - Presidente Fernando Collor de Mello

segunda-feira, 14 de junho de 2010
Postei aqui alguns vídeos referentes ao presidente Fernando Collor de Mello, eleito com cerca de 35 milhões de votos e afastado do poder após sérias denúncias de corrupção. Para não se submeter ao impeachment, Collor renunciou ao cargo que foi ocupado pelo então vice presidente Itamar Franco.









Assista e comente!

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Questões para estudo - Primeira Guerra Mundial

terça-feira, 8 de junho de 2010
1- Esclareça por que a guerra de 1914 a 1918 é chamada de "Mundial" e relacione os nomes de três potências imperialistas da época que integraram a Tríplice Entente.


2- No final do século XIX e início do século XX, por detrás de uma aparente tranquilidade do cenário político europeu, escondia-se um clima de instabilidade e tensão que acabaria por mergulhar a Europa na Primeira Grande Guerra. Destaque e comente dois dos fatores que contribuíram para essa instabilidade.


3- Em 1919, Wílson (Estados Unidos), Lloyd George (Inglaterra) e Clemenceau (França) definiram a Paz de Versalhes, em que
a) a Alemanha foi considerada culpada pela Guerra e submetida a indenizações e retaliações territoriais, semeando o descontentamento e o revanchismo.
b) os bolcheviques, liderados por Lenin, tiveram apoio inglês para assumir o governo russo, estabelecendo o primeiro Estado socialista.
c) os russos brancos estabeleceram uma aliança com a Alemanha e conduziram a Rússia à Guerra Civil
d) a Itália, sob a liderança de Mussolini pode organizar financiada pela França, a marcha sobre Roma
e) estabeleceu a nazificação alemã que se fundamentou no armamentismo e na busca do "espaço vital", ou seja, na geopolítica da conquista territorial.

4- Explique o contexto da PAZ ARMADA.


5- "Nos anos iniciais do século XX, reinava um clima de tensão e grande rivalidade na Europa. As ambições imperialistas associadas ao nacionalismo exaltado fomentavam todo um clima internacional de tensões e agressividade. Sabia-se que a guerra entre as grandes potências poderia explodir a qualquer momento". (COTRIM, p. 337-8)
As informações do texto, associadas aos conhecimentos sobre a expansão do capitalismo e a Primeira Guerra Mundial, permitem afirmar:
(01) As ambições imperialistas citadas no texto caracterizavam a política externa de nações que tinham alcançado plena industrialização e cuja produção extrapolava a capacidade de consumo de suas próprias populações.
(02) O pan-eslavismo, o pangermanismo e o revanchismo francês constituíam-se movimentos nacionalistas responsáveis, entre outros fatores, pela instalação das tensões e agressividades referidas no texto
(04) A adoção de uma política de alianças, no período anterior à Primeira Guerra Mundial, decorreu da necessidade de conter o avanço de interesses capitalistas norte-americanos no mercado europeu.
(08) O período histórico a que o texto se refere é também denominado de "paz armada", por ter registrado o avanço da produção de armamentos pesados e o crescimento dos efetivos militares.
(16) O continente africano também foi envolvido pelas ambições imperialistas, registrando-se o choque de interesses franceses, ingleses e alemães, na disputa pela posse de terras desse continente.
(32) As exportações de produtos manufaturados brasileiros foram prejudicadas durante a Primeira Guerra Mundial, visto terem sido privadas do mercado consumidor, representado pelos países beligerantes.
Soma (         )


6- Considerando-se as relações internacionais presentes na conjuntura pré 1ª Grande Guerra, podemos afirmar que:
I-     As rivalidades anglo-germânicas foram agravadas pela construção da Estrada de Ferro Berlim-Bagdá.
II-   As pretensões da Rússia de dominar os Estreitos de Bósforo e Dardanelos aumentaram os seus conflitos com o Império Turco.
III-  As desavenças entre a Sérvia e o Império Austro-Húngaro estavam diretamente ligadas à disputa pela anexação da Bósnia-Herzegovina pela Inglaterra.
IV- A morte do futuro Imperador Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, em Sarajevo, na Bósnia, precipitou o início da Guerra.
V-  A união da Inglaterra, França e Japão para formar a Tríplice Entente foi uma maneira de neutralizar a Tríplice Aliança, que unia Alemanha, Rússia e Itália.

Estão corretas somente as afirmativas:
a) somente I, II e III.
b) somente I, II e IV.
c) somente I, III e V.
d) somente II, III e IV.
e) somente III, IV e V.

7- Dentre as causas da Primeira Grande Guerra, destaca-se a questão balcânica, que pode ser associada:
a) à formação de novas nacionalidades, como a Iugoslava sob a tutela da Alemanha.
b) às disputas coloniais na Ásia e na África entre a França e a Inglaterra.
c) ao interesse russo em abrir os estreitos de Bósforo e Dardanelos, o nacionalismo eslavo e ao temor austríaco quanto à formação da Grande Sérvia.
d) às desavenças entre o Império Austro-Húngaro e a Inglaterra ligadas à anexação da Bósnia-Herzegovina.
e) ao assassinato do Príncipe Herdeiro, Francisco Ferdinando, e as questões pendentes relacionadas ao Tratado de Brest-Litowsky e o desmembramento da Áustria-Hungria.

8- Os Estados Unidos emergiram como grande potência econômica mundial após a Primeira Guerra Mundial porque:
a) apoiou a Alemanha, com o objetivo de enfraquecer a Inglaterra.
b) liderou a criação da ONU (Organização das Nações Unidas).
c) fortaleceu sua economia ao fornecer equipamentos e suprimentos à Entente, enquanto as potências européias tiveram suas economias arrasadas após o conflito.
d) apresentou as propostas do Tratado de Versalhes, para enfraquecer a Alemanha, a grande potência industrial do início do século.
e) se manteve afastado do conflito direto com as potências européias, concentrando seus esforços no desenvolvimento interno.

9- Considere as proposições corretas.
I- Ente as propostas dos 14 Pontos de Wilson, incluía-se a criação de uma Liga das Nações para a preservação da paz mundial;
II- O Tratado de Versalhes impôs propostas humilhantes à Alemanha, refletindo o revanchismo francês;
III- A Rússia saiu da Primeira Guerra após a Revolução socialista de 1917;
IV- As propostas de paz impostas à Tríplice Aliança, ao final da Primeira Guerra Mundial, são conhecidas como a Paz dos Vencedores.
V- Após a Primeira Guerra, emergiram Estados totalitários na Alemanha e na Itália.

Assinale a alternativa correta, quanto às afirmativas acima:
a) todas estão incorretas.
b) todas estão corretas.
c) somente a I e a II estão corretas.
d) somente a II e a III estão corretas.
e) somente a III, a IV e a V estão corretas.

10- "As lâmpadas estão se apagando na Europa inteira. Não as veremos brilhar outra vez em nossa existência".
Sobre esta frase, proferida por Edward Grey, secretário das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, em agosto de 1914, pode-se afirmar que exprime:

a) a percepção de que a guerra, que estava começando naquele momento e que iria envolver toda a Europa, marcava o fim de uma cultura, de uma época conhecida como a Belle Époque;
b) a desilusão de quem sabe que a guerra, que começava naquele momento, entre Grã-Bretanha e Alemanha, iria sepultar toda uma política de esforços diplomáticos visando evitar o conflito
c) a compreensão de quem, por ser muito velho, consegue perceber que também aquela guerra, embora longa e sangrenta, iria terminar um dia, permitindo que a Europa voltasse a brilhar;
d) a ilusão de que, apesar de tudo, a guerra que estava começando, iria, por causa de seu caráter mortal e generalizado, ser o último grande conflito armado a envolver todos os países da Europa;
e) a convicção de que à guerra que acabava de começar, e que iria envolver todo o continente europeu, haveria de suceder uma outra, a Segunda Guerra Mundial, antes da paz definitiva ser alcançada.


GABARITO

1- Ela foi assim chamada pois envolveu vários países de três continentes e no conflito foram utilizados armamentos inovadores como aviões, tanques e submarinos.Países que integraram a Tríplice Entente: Inglaterra, França e Rússia.
2- O nacionalismo eslavo – pan-eslavismo e a disputa imperialista que acirrou os ânimos e conduziu à guerra.
3- A

4- Diante das disputas imperialistas, as potências da Europa passaram a investir na indústria bélica e na tecnologia de guerra embora não houvesse ameaça concreta de guerra.

5- 01 + 02 + 08 + 16

6- B

7- C

8- C

9- B

10- A


Primeira Guerra Mundial

sábado, 5 de junho de 2010
Antecedentes:
• Belle Époque – prosperidade econômica, otimismo, desenvolvimento industrial
• Disputas coloniais pela África em busca de matéria prima, mercado consumidor
• Entrada tardia da Itália e Alemanha na partilha colonial
• Belicismo - corrida armamentista
• Disputas na região dos Bálcãs entre Áustria-Hungria e Rússia
• Rivalidade entre França e Alemanha pela disputa da região da Alsácia-Lorena.
• Nacionalismo : pan-eslavismo (sociedades secretas- Mão Negra)
• Política de Alianças
• Assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando na Bósnia-Herzegovina (estopim)

A Guerra:
Blocos envolvidos
- Tríplice Aliança (Potências Centrais) Alemanha, Áustria-Hungria, Itália
X
- Tríplice Entente (Aliados)  Inglaterra, França, Rússia

Principais características e acontecimentos:
Inicialmente uma guerra em três frentes
# Oriental- onde os alemães combatem os russos
# Ocidental- Onde Alemães combatem franceses ,ingleses e belgas
# Bálcãs- Austríacos contra sérvios

1914 (1ª Fase) - Guerra de movimento
• Guerra de movimentos rápidos com avanços principalmente da Tríplice Aliança ou Potências Centrais.
• Turquia entram na guerra em buscas de ilhas no mediterrâneo contra a Rússia
• Japão entra na Guerra desejando obter colônias alemãs no Pacifico
• Invasão da Bélgica pela Alemanha com o objetivo de dominar a França
• Os Alemães são detidos na Frente Russa e na França

1915 a 1916 (2ª Fase) Guerra de Trincheiras ou de posições
• Tem início a guerra de trincheiras. Poucos avanços territoriais/muitas mortes
• Utilização em larga escala de tanques e metralhadoras
• Bombardeamento por parte da aviação de cidades e tropas
• As potencias centrais começam a se enfraquecer por falta de reabastecimento.
• Os alemães começam a se utilizar gases tóxicos nas batalhas (cloro e mostarda)
• Intensifica-se a guerra submarina alemã

1917 a 1918- desfecho do conflito
• A Itália é derrota e detida pelos austríacos
• Navios dos Estados Unidos e do Brasil são atingidos por submarinos alemães
• Estados Unidos declara guerra a Tríplice Aliança e entra definitivamente na Guerra, desequilibrando o conflito.
• Brasil declara guerra a Tríplice Aliança e manda equipe médica.
• A Rússia sai do conflito para resolver problemas internos. Assina o Tratado de Brest-Litovisk, entregando territórios aos alemães.
• A Tríplice Aliança passa a sofrer várias derrotas não resistindo mais à superioridade inimiga se rende em 1918.
• O presidente Woodrow Wilson propõe um "paz sem vencedores" - 14 Pontos de Wilson". A proposta é rejeitada pelos Aliados.

Conseqüências
• Assinatura do tratado de Versalhes onde a Alemanha é punida e humilhada.
• Novo surto de industrialização no Brasil
• Os Estados Unidos tornam-se a maior potência mundial
• Decadência econômica européia e redefinição das fronteiras.
• Criação da Liga das Nações
• Participação feminina no mercado de trabalho.

É preciso estudar também as determinações do Tratado de Versalhes.

Todo esforço será recompensado.

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DITADURA MILITAR

segunda-feira, 31 de maio de 2010
Aulinha sobre o periodo militar para ajudar nos estudos para o vestibular.


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QUEBRA-CABEÇAS COM TEMAS HISTÓRICOS

sábado, 29 de maio de 2010
Uma dica muito interessante: quebra-cabeças com temas e personagens da História.
Clique em qualquer foto e ela se abrirá embaralhada. É só arrastar as peças com o mouse para fazer a montagem.

http://www.histoire-en-ligne.com/article.php3?id_article=480


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REVOLUÇÃO FRANCESA - PARA ESTUDAR

segunda-feira, 24 de maio de 2010
1ª. Fase da Revolução: A Assembléia Nacional Constituinte – 1789-1792

Nesta fase, fundou uma Monarquia Parlamentarista, ou Constitucional. Um dos atos mais importantes da Assembléia foi o confisco dos bens do clero francês, que seriam usados como uma espécie de lastro para os bônus emitidos para superar a crise financeira. Parte do clero reage e começa a se organizar e como resposta a Assembléia decreta a Constituição Civil do Clero; isto é, o clero passa a ser funcionário do Estado, e qualquer gesto de rebeldia levaria a prisão. A situação estava muito confusa. A Assembléia não conseguia manter a disciplina e controlar o caos econômico. O Rei entra em contato com os emigrados no exterior (principalmente na Prússia e na Áustria) e começam a conspirar para invadir a França, derrubar o governo revolucionário e restaurar o absolutismo. Para organizar a contrarrevolução, o monarca foge da França para a Prússia, mas no caminho e reconhecido por camponeses, é preso e enviado à Paris. Na capital, os setores mais moderados da Assembléia conseguiram que o Rei permanecesse em seu posto. A partir daí uma grande agitação tem início, pois seria votada e aprovada a Constituição de 1791. Esta constituição estabelecia, na França, a Monarquia Parlamentar, ou seja, o Rei ficaria limitado pela atuação do poder legislativo (Parlamento).

O poder legislativo era escolhido através do voto censitário e isso equivalia dizer que o poder continuava nas mãos de uma minoria, de uma parte privilegiada da burguesia. É o total afastamento do povo francês que continuava sem poder de decisão. No recinto da Assembléia, sentava-se à esquerda o partido liderado por Robespierre, que se aproximava do povo: eram os Jacobinos ou Montanheses (assim chamados por se sentarem nas partes mais altas da Assembléia); ao lado, um pequeno grupo ligado aos Jacobinos, chamados Cordeliers, onde apareceram nomes como Marat, Danton, Hebert e outros; no centro, sentavam-se os constitucionalistas, defensores da alta burguesia e a nobreza liberal, grupo que mais tarde ficará conhecido pelo nome de planície; à direita, ficava um grupo que mais tarde ficará conhecido como Girondinos, defensores dos interesses da burguesia francesa e que temiam a radicalização da revolução; na extrema direita, encontram-se alguns remanecentes da aristocracia que ainda não emigrara, conhecidos por aristocratas, que pretendiam a restauração do poder absoluto.

Esta fase terminou com a radicalização do movimento revolucionário depois que Robespierre e seus seguidores agiram incitando à população a pegarem em armas e lutarem contra a Assembléia e as forças conservadoras.

2ª. Fase da Revolução: A Convenção Nacional – 1792-1794/95

Foi a fase considerada mais radical do movimento revolucionário porque foi a etapa em que os Jacobinos, liderados por Robespierre, assumiram o comando da revolução. Portanto, foi a etapa mais popular do movimento já que os Jacobinos eram representantes políticos das classes populares. O rei e a aristocracia não vacilaram em trair a França revolucionária. Luís XVI e Maria Antonieta foram presos, acusados de traição ao país por colaborarem com os invasores. Verdun, última defesa de Paris, foi sitiada pelos prussianos. O povo, chamado a defender a revolução, saiu às ruas e massacrou muitos partidários do Antigo Regime. Sob o comando de Danton, Robespierre e Marat, foram distribuídas armas ao povo e foi organizada a Comuna Insurrecional de Paris. As palavras de Danton ressoaram de forma marcante nos corações dos revolucionários. Disse ele: "Para vencer os inimigos, necessitamos de audácia, cada vez mais audácia, e então a França estará salva". Em 21 de Janeiro do ano seguinte, 1793, Luis XVI foi condenado e guilhotinado na “praça da revolução” – atual Praça da Concórdia situada na avenida Champs-Élysées, em Paris – uma vez que os Jacobinos já haviam assumido a liderança do movimento revolucionário. A rainha Maria Antonieta, foi decapitada no mesmo ano só que em setembro.

Os Jacobinos assumiram a direção política do Estado proclamando uma nova República: a República Jacobina e com ela uma nova Constituição: a Constituição de 1793. Na Constituição Jacobina continham princípios que satisfazia a população porque garantia-lhe direitos e poder de decisão. Vejamos os mais importantes pontos da nova Constituição:

Voto Universal ou Sufrágio Universal - Todos os cidadãos homens maiores de idade, votam.

Lei do Máximo ou Lei do Preço Máximo – estabeleceu um teto máximo para preços e salários.

Venda de bens públicos e dos emigrados para recompor as finanças públicas.

Reforma Agrária – confismo de terras da nobreza emigrada e da Igreja Católica, que foram divididas em lotes menorese vendida a preços baixos para os camponeses pobres que puderam pagar num prazo de até 10 anos.

Extinção da Escravidão Negra nas Colônias Francesas – que acabou por motivar a Revolução Haitiana em 1794 e que durou até 1804 quando no Haiti aboliu-se a escravidão.

Organização dos seguintes comitês: o Comitê de Salvação Pública, formado por nove (mais tarde doze) membros e encarregado do poder executivo, e o Comité de Segurança Pública, encarregado de descobrir os suspeitos de traição.

Criação do Tribunal Revolucionário, que julgava os opositores da Revolução e geralmente os condenavam à Guilhotina.

Ressalta-se que para que os Jacobinos pudessem alacançar o poder político do Estado e assumí-lo, teve que contar com um apoio fundamental: os sans-culottes. Os sans-culottes eram indivíduos populares – normalmente desempregados e assalariados, a plebe urbana – que eram identificados pelo frígio, ou barrete, vermelho que usavam sobre suas cabeças.

Porém, mesmo com o apoio dos sans-culottes e estando na direção política do Estado realizando determinadas reformas políticas e sociais significativas, os Jacobinos não duraram muito no poder devido ao que implantaram durante sua República – a Era do Terror. Robespierre, líder supremo dos Jacobinos, decidiu implantar a Era do Terror. Mas o que significou isso? Significou que era necessário agir de modo ditatorial para alcançar um governo democrático e assegurar as conquistas instituídas pelas reformas que se realizavam. Para tais fins teve que Robespierre impor o poder do Estado sobre a população e condenar todos os que eram considerados suspeitos de traição à guilhotina. Foi o período em que a guilhotina foi mais usada. Até mesmo líderes Jacobinos próximos a Robespierre, como Danton por exemplo, foram guilhotinados. O excesso de terror fez com que os Girondinos articulassem um Golpe de Estado – o golpe 9  Termidor – e derrubassem com a República Jacobina, guilhotinando inclusive Robespierre. Iniciava-se a terceira fase revolucionária.

3ª. Fase da Revolução: o Diretório – 1795-1799 / A Era Napoleônica-1799-1815

Conhecido como Reação Termidoriana, o golpe de Estado armado pela alta burguesia financeira, que marcou o fim da participação popular no movimento revolucionário, em compensação os estabelecimentos comerciais cresciam, porque as ações burguesas anteriores haviam eliminado os empecilhos feudais. O novo governo, denominado Diretório (1795-1799), autoritário e fundamentado numa aliança com o exército (então restabelecido após vitórias realizadas em guerras externas), foi o responsável por elaborar a nova Constituição, que manteria a burguesia livre de duas grandes ameaças: a República Democrática Jacobina e o Antigo Regime. O Poder Executivo foi concedito ao Diretório, e uma comissão formada por cinco diretores eleitos por cinco anos. Apesar disso, em 1796 a burguesia enfrentou a reação dos Jacobinos e radicais igualitaristas. Graco Babeuf liderou a chamada Conspiração dos Iguais, um movimento socialista que propunha a "comunidade dos bens e do trabalho", cuja atenção era voltada a alcançar a igualdade efetiva entre os homens, que segundo Graco, a única maneira de ser alcançada era através da abolição da propriedade privada. A revolta foi esmagada pelo Diretório, que decretou pena de morte a todos os participantes da conspiração, e o enforcamento Babeuf.

O governo não era respeitado pelas outras camadas sociais. Os burgueses mais lúcidos e influentes perceberam que com o Diretório não teriam condição de resistir aos inimigos externos e internos e manter o poder. Eles acreditavam na necessidade de uma ditadura militar, uma espada salvadora, para manter a ordem, a paz, o poder e os lucros. A figura que sobressai no fim do período é a de Napoleão Bonaparte. Ele era o general francês mais popular e famoso da época. Quando estourou a revolução, era apenas um simples tenente e, como os oficiais oriundos da nobreza abandonaram o exército revolucionário ou dele foram demitidos, fez uma carreira rápida. Aos 24 anos já era general de brigada. Após um breve período de entusiasmo pelos Jacobinos, chegando até mesmo a ser amigo dos familiares de Robespierre, afastou-se deles quando estavam sendo depostos. Lutou na Revolução contra os países absolutistas que invadiram a França e foi responsável pelo sufocamento do golpe de 1795.

 Napoleão abandonou seus soldados e, com alguns generais fiéis, retornou à França, onde, com apoio de dois diretores e de toda a grande burguesia, invadiu o Diretório e instaurou o Consulado, dando início ao período napoleônico com o golpe de Estado conhecido por 18 Brumário.

Estude bastante.


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MASCOTE COPA 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010
Este é ZAKUMI, o mascote oficial da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul. É um leopardo cujo nome surgiu da combinação de palavras em dialetos africano, como “ZA”, abreviação para África do Sul, mais “kumi”, forma escrita do número dez em alguns países do continente.
Zakumi representa o povo, a geografia e o espírito da África do Sul, personificando a próxima Copa do Mundo da FIFA.


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ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA - 13 DE MAIO

quinta-feira, 13 de maio de 2010
Pouco se fala sobre o 13 de maio. Mas é preciso trazer à memória, fatos e acontecimentos importantes da nossa História. Aproveito então para postar um texto sobre a abolição da escravidão no Brasil e as comemoraçãoes do dia 13 de maio.

O SIGNIFICADO DO 13 DE MAIO
Ricardo Barros Sayeg*

O dia 13 de maio de 1888 marcou oficialmente o fim da escravidão no Brasil, através de uma lei assinada pela Princesa Isabel, durante uma viagem de Dom Pedro II ao exterior. Naquela oportunidade houve uma série de comemorações, principalmente no Rio de Janeiro, capital do Império. Vários ex-escravos saíram às ruas comemorando o feito. É verdade que em várias regiões do país o trabalho escravo persistiu e só foi abolido no início do século XX. Ainda nos dias de hoje, volta e meia a imprensa nos dá informações sobre a existência do trabalho escravo em várias regiões do país.

O movimento negro, então, resolveu abolir essa data e comemorar a negritude no dia 20 de novembro, denominado Dia da Consciência Negra. Razão mais que justa, pois, de fato, o 13 de maio foi uma data que ocorreu de “cima para baixo”, sem a participação dos principais interessados no tema, apesar de haver no Brasil um movimento abolicionista bem forte naquele período, principalmente nas cidades mais importantes do sudeste do país.

O Dia da Consciência Negra não existe por acaso. Em 20 de novembro de 1695, Zumbi, principal liderança do Quilombo dos Palmares – a maior comunidade formada por escravos fugitivos das fazendas no interior de Alagoas – foi morto em uma emboscada na Serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após liderar uma resistência que resultou no início da destruição daquela comunidade. Portanto, comemorar o Dia da Consciência Negra nessa data é uma forma de homenagear e manter viva na memória coletiva essa figura tão importante para a história do Brasil e para o povo negro em especial. Não somente a imagem do líder, mas também a sua importância na luta pela libertação da escravidão e na melhoria das condições de vida para esse povo.

Entretanto o 13 de maio de 1888 também tem seu significado. Liberal, a Princesa Isabel apoiava abertamente o movimento abolicionista. Ela chegou a amparar artistas e intelectuais que atuavam em favor do movimento da abolição da escravidão no Brasil. Muitos desses artistas e intelectuais apoiavam também a criação do sistema republicano no Brasil. Ela chegou a financiar a alforria de alguns escravos e dava guarida a muitos deles na sua casa em Petrópolis.

Joaquim Nabuco, um dos grandes políticos do Império, afirmava que a escravidão no Brasil era "a causa de todos os vícios políticos e fraquezas sociais; um obstáculo invencível ao seu progresso; a ruína das suas finanças, a esterilização do seu território; a inutilização para o trabalho de milhões de braços livres; a manutenção do povo em estado de absoluta e servil dependência para com os poucos proprietários de homens que repartem entre si o solo produtivo".

No dia 13 de maio de 1888 aconteceram as últimas votações de um projeto de abolição da escravidão no nosso país. A regente então, desceu de Petrópolis, cidade serrana, para aguardar no Paço Imperial o momento de assinar a Lei Áurea. Usou uma pena de ouro especialmente confeccionada para a ocasião, recebendo a aclamação do povo do Rio de Janeiro. O Jornal da Tarde, do dia 15 de maio de 1888, noticiou que "o povo que se aglomerava em frente do Paço, ao saber que já estava sancionada a grande Lei, chamou Sua Alteza, que aparecendo à janela, foi saudada por estrepitosos vivas."

É bem verdade que a Abolição da escravidão representou também a queda da monarquia no Brasil. Em 15 de novembro de 1889, o Império sucumbia, principalmente pela falta de apoio político daqueles que até então eram os únicos a sustentarem politicamente o Império: os grandes produtores rurais donos de escravos.

O 13 de maio, entretanto, não deve ser esquecido. Ele tem um lugar de enorme importância na história desse país e do povo brasileiro.

 
*Ricardo Barros Sayeg é Mestre em Educação, Bacharel em História e Pedagogia pela Universidade de São Paulo e Professor de História do Colégio Paulista.


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COPA DO MUNDO - 2010

sábado, 8 de maio de 2010
Ontem completei o primeiro time do álbum da copa 2010. Pode parecer besteira mas eu curto e sempre coleciono. Meus filhos ajudam mas a regra é clara: o álbum é meu.


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DIA DAS MÃES

quinta-feira, 6 de maio de 2010
Mais uma preciosa indicação da Lilian Nascimento do Núcleo de Mídias Sociais.

O DIA DAS MÃES
Ricardo Barros Sayeg
Quando em 1905, Anna Jarvis, uma norte-americana da Virgínia Ocidental perdeu sua mãe, entrou num estado profundo de depressão. Preocupadas, algumas amigas resolveram então perpetuar a memória de sua progenitora organizando uma festa. Anna quis que a festa fosse estendida a todas as mães. A idéia era fortalecer os laços familiares entre os membros das famílias e o respeito dos filhos por seus pais. No estado da Virginia Ocidental, a primeira comemoração oficial só teria ocorrido em 26 de abril de 1910, quando Willian E. Glasscock, governador do estado, incorporou a data ao calendário oficial.

Nos Estados Unidos da América as primeiras sugestões em favor da criação de um dia dedicado ás mães foram realizadas em 1872 pela escritora Julia Ward Howe, autora do Hino de Batalha da República dos Estados Unidos.

As comemorações em homenagem às mães, todavia, são mais antigas ainda. Na entrada da primavera na Grécia antiga, havia uma festa dedicada à Réia, mãe dos deuses do Olimpo. Réia, esposa e irmã de Cronos, teria dado luz à Deméter, Hades, Hera, Héstia, Poseidon e Zeus. Era uma deusa associada à fertilidade.

No século XVII, a Inglaterra dedicou o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Era o chamado “Mothering Day”, quando as trabalhadoras inglesas podiam ficar em casa ao lado de suas progenitoras. Nesse dia era comum que as operárias fizessem o “mothering cake”, um bolo feito em homenagem às mães.

Anna nunca quis que a data fosse usada para que os comerciantes e fabricantes tivessem lucros, mas infelizmente o desejo de Anna não se concretizou. No Brasil, por exemplo, o Dia das Mães é responsável por um enorme volume de vendas, só perdendo para o Natal.

Em 1914, o presidente norte-americano Woodrow Wilson unificou a celebração do Dia das Mães em todos os estados, estabelecendo que a data deveria ser comemorada no segundo domingo do mês de maio. Em pouco tempo mais de 40 países aderiram à comemoração.

Durante toda a vida, Anna Jarvis lutou para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Ela dizia frequentemente que as pessoas não reconheciam o amor que recebiam de suas progenitoras. Ironicamente Anna nunca chegou a ser mãe. Morreu em 1948, aos 84 anos e recebeu muito reconhecimento em vida pela criação da data.

No Brasil, a primeira comemoração do dia das Mães ocorreu em 12 de maio de 1918, organizada pela Associação Cristã de Moços. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo do mês de maio. Em 1947 a data foi incorporada ao calendário oficial da Igreja Católica.

Nesse dia 9 de maio comemoremos nossas mães, afinal, como dizia Sófocles, autor grego: “os filhos são para as mães as âncoras da sua vida”.


*Ricardo Barros Sayeg é Professor de História do Colégio Paulista, Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo, formado em História e Pedagogia pela mesma universidade.






O mais importante no dia das mães  é que você filho abrace forte sua mãe e fale para ela o quantro você a ama. Esse, com certeza, será seu melhor presente.
E nos outros dias do ano, faça a mesma coisa!
Feliz dia das mães para todas as mães. Principalmente para a minha: Dona Helena, eu te amo.


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REVOLTAS NA REPÚBLICA VELHA

terça-feira, 4 de maio de 2010
O CANGAÇO

     A história do Cangaço inicia-se a partir de 1870 e vai até 1940. As causas que se relacionam ao Cangaço são os períodos de seca e a miséria que atingia nestes momentos até os jagunços dos coronéis (assalariados do crime), que para fugirem do autoritarismo do coronel e da miséria da seca se revoltavam e  se uniam, formando os temíveis bandos de cangaceiros que, para os seus membros, não passava de uma forma de vida, inclusive mais honrosa do que a da elite dominante. Estes cangaceiros tinham as fazendas dos coronéis como alvo principal para os seus saques.
     Por atacarem a base política da República Velha, estes cangaceiros tiveram que enfrentar as "volantes" formadas por policiais da Guarda Nacional e pelo exército.
     O maior e mais temível bando de cangaceiros foi o de Lampião que, contando com sua mulher Maria Bonita (no cangaço as mulheres participavam em pé de igualdade com os homens) e seus "cabras", impôs o medo à oligarquia nordestina e a quem a servia.

                                       (NÃO FALEI QUE ELE ERA UMA GRACINHA??)
   
O povo, por sua vez, temia os cangaceiros, mas apoiava suas ações de cabras machos. O fim do Cangaço inicia-se com a morte de Lampião, em 1938, e termina definitivamente com a morte do último cangaceiro, Corisco, seu companheiro e líder de bando.


GUERRA DE CANUDOS

     Em Canudos, tudo era de todos, a divisão do trabalho era de acordo com o sexo e a idade, o fruto da produção era dividido de acordo com a necessidade de cada família. O vício, o roubo e a prostituição foram banidos desta sociedade e o sentimento religioso tido como a maior posse que se havia de ter.     Este estado “socialista” bem dentro da área de domínio da oligarquia mais atrasada do país, o Nordeste, exigiu uma raivosa ofensiva das tropas do governo de Prudente de Moraes para destruir aquela comunidade.   
    
     O governo, com o auxílio da imprensa, vendia a idéia de que os seguidores de Antônio Conselheiro eram fanáticos religiosos extremamente perigosos que poderiam representar uma ameaça para a sociedade brasileira no futuro.
      As tropas federais só conseguiram derrotar a brava resistência do povo após a terceira expedição e seu derradeiro fim foi muito bem descrito por Euclides da Cunha em sua obra Os Sertões, página 476:

"Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a
história, resistiu até o esgotamento completo... caiu
no dia 5 de outubro de 1897, ao anoitecer, quando caíram
seus últimos defensores... eram quatro apenas:
um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente
dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
Todos morreram, homens, mulheres, velhos e crianças,
aproximadamente entre 25 e 30 mil vidas destruídas
em nome da manutenção da exploração
econômica e social da massa trabalhadora brasileira
pela elite proprietária”.



GUERRA DO CONTESTADO

     Durante o governo de Wenceslau Brás, salvo pelo início do surto industrial da Primeira Guerra, ocorreu a mais importante rebelião camponesa do Sul do país, a Revolta do Contestado, na região entre os estados do Paraná e Santa Catarina, com terras férteis e muita erva mate e madeiras de lei. Os romeiros, vindos de diversas localidades, seguiam o monge João Maria e seu sucessor José Maria, que pregava o fim da República e a implantação da monarquia de origem divina. Os posseiros haviam sido expulsos da terra por fazendeiros e empresas colonizadoras multinacionais ou eram desempregados da construção de ferrovias na região.
    
     Lutavam conscientemente pela posse das terras ("nóis não tem direito de terra, é tudo para a gente da Oropa"), tendo que enfrentar o exército do governo brasileiro, a Guarda Nacional, os jagunços e, pela primeira vez no Brasil, atacados pela aviação de guerra, que estava a serviço dos interesses dos coronéis e das empresas colonizadoras (madeireiras) multinacionais.
     A destruição das "Vilas Santas" e a morte de milhares de camponeses foi justificada, perante a sociedade brasileira, como uma luta contra fanáticos, degenerados e violentos rebeldes.



REVOLTA DA CHIBATA

     Na noite de 22 de novembro de 1910, estoura a Revolta da Chibata, quando o marinheiro João Cândido, o almirante negro, assumiu o comando do porta-aviões Minas Gerais e outros marujos assumiram o controle de outras belonaves, o São Paulo, o Bahia e o Deodoro, apontando seus canhões para pontos estratégicos da cidade do Rio de Janeiro.
     Os marinheiros só queriam o fim dos castigos corporais na Armada e, com o apoio da oposição e parte considerável da população carioca, o presidente Hermes da Fonseca e o Parlamento cederam às exigências.

          Porém, como em nossa história jamais uma revolta popular havia triunfado, o governo não perdoou a ousadia daqueles marujos "sem cultura" e "sem responsabilidades". Ignorou-se a anistia, prendendo e desterrando para a Amazônia seus principais líderes. Os poucos marinheiros que não morreram foram absolvidos em julgamento dois anos depois.



REVOLTA DA VACINA

     A situação do Rio de Janeiro, no início do século XX, era precária. A população sofria com a falta de um sistema eficiente de saneamento básico. Este fato desencadeava constantes epidemias, entre elas, febre amarela, peste bubônica e varíola. A população de baixa renda, que morava em habitações precárias, era a principal vítima deste contexto.
     Preocupado com esta situação, o então presidente Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento básico e reurbanização do centro da cidade. O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi designado pelo presidente para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade.
     A campanha de vacinação obrigatória é colocada em prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, provocando revolta nas pessoas. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos.
     A revolta popular aumentava a cada dia, impulsionada também pela crise econômica (desemprego, inflação e alto custo de vida) e a reforma urbana que retirou a população pobre do centro da cidade, derrubando vários cortiços e outros tipos de habitações mais simples.

    
     As manifestações populares e conflitos espalham-se pelas ruas da capital brasileira. Populares destroem bondes, apedrejam prédios públicos e espalham a desordem pela cidade. Em 16 de novembro de 1904, o presidente Rodrigues Alves revoga a lei da vacinação obrigatória, colocando nas ruas o exército, a marinha e a polícia para acabar com os tumultos. Em poucos dias a cidade voltava a calma e a ordem.

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